A cirurgia metabólica, também conhecida como cirurgia bariátrica ou de perda de peso, é um procedimento cirúrgico que visa a redução do peso e a melhora da saúde metabólica de pacientes com obesidade e comorbidades associadas.
Nesse procedimento, o paciente passa por uma transformação endócrina, com alterações na síntese de hormônios responsáveis pelos níveis de açúcar no sangue.
A cirurgia pode ser realizada por meio de laparoscopia (cirurgia minimamente invasiva) ou laparotomia (abertura do abdome).
Ambos os procedimentos são realizados sob anestesia geral e solicitação de internação hospitalar. É importante lembrar que a cirurgia metabólica é um procedimento invasivo e apresenta riscos, como qualquer outra cirurgia. Portanto, é importante que o paciente discuta os prós e contras da cirurgia com seu médico e considere cuidadosamente as opções antes de tomar uma decisão
Os riscos da cirurgia metabólica são similares aos de qualquer outro procedimento cirúrgico, incluindo sangramento, infecção e reações adversas a medicamentos ou anestésicos.
No entanto, as complicações relacionadas à cirurgia são geralmente leves e transitórias. A maioria das pessoas se recupera completamente após o procedimento e retorna às suas atividades normais em poucas semanas.
A cirurgia metabólica é indicada para o tratamento de diversas doenças, entre elas:
Existem vários tipos de cirurgia metabólica, sendo os tipos mais comuns a gastrectomia vertical e o bypass gástrico.
A gastrectomia vertical é uma cirurgia que envolve a remoção de uma porção do estômago, deixando-o com aproximadamente 25% de seu tamanho original. Isso limita a quantidade de alimentos que o paciente pode comer e, portanto, ajuda na perda de peso. Além disso, a cirurgia também reduz a produção de grelina, um hormônio que estimula o apetite, o que pode ajudar a controlar a fome.
Já o bypass gástrico envolve a criação de uma pequena bolsa de estômago e a ligação do intestino delgado diretamente a essa bolsa, ignorando a maior parte do estômago e do intestino delgado. Isso limita a quantidade de alimentos que o paciente pode ingerir e reduz a absorção de nutrientes pelo organismo. Como resultado, o paciente perde peso e pode experimentar melhorias em suas comorbidades, como diabetes tipo 2, hipertensão arterial e apnéia do sono.
Após a cirurgia, o paciente deve permanecer em jejum por algumas horas. Nesse período, são permitidos apenas líquidos claros como água, chás e sucos de frutas sem açúcar.
Após esse período, o paciente pode gradativamente retomar uma dieta normal, porém deve seguir algumas orientações para evitar complicações.
As principais orientações são: ingerir pelo menos 2 litros de líquidos por dia; evitar alimentos gordurosos e frituras; optar por alimentos cozidos ou assados; mastigar bem os alimentos; não exagerar na quantidade ingerida; não saltar refeições; fazer atividades físicas regularmente.