O Câncer das Vias Biliares é um tipo grave e agressivo de câncer digestivo que atinge as vias biliares também chamado de colangiocarcinoma. As vias biliares são os ductos que se formam dentro do fígado ainda bem finos e vão aumentando de calibre até que se exteriorizam ou seja , saem do órgão com o propósito de levar a bile produzida para o intestino delgado ou duodeno, onde a bile irá participar de diversas etapas da digestão e absorção de vitaminas, dentre outras funções.
Este tipo de câncer pode ter muitas causas e fatores predisponentes, sendo assim podem se manifestar por diferentes sintomas. Pode ser causado por infecções crônicas no fígado e das vias biliares, cirrose, etilismos, obesidade e esteatose além de fatores genéticos e alimentares como por exemplo a ingestão de alimentos ricos em conservantes ou salmouras com altas concentrações de nitritos, e por fim outras doenças auto-imunes .
Os sintomas podem incluir dor abdominal, náuseas, vômitos, perda de apetite, perda de peso, icterícia ( amarelão) e febre. O tratamento do Câncer das Vias Biliares depende da idade e saúde do paciente ou seja das condições clínicas , bem como da gravidade ou do estadiamento da doença que avalia a presença de outros focos de câncer metastáticos.
O Câncer das Vias Biliares pode se desenvolver em qualquer localização de todo seu trajeto que são basicamente 3 partes principais das vias biliares: as dentro do fígado, em ductos mais estreitos,a 2a parte nos ductos externos do fígado, até se juntarem e apenas um, também chamado de ducto hepático comum e a 3a parte logo após a vesícula e seu ducto, chamado de cístico, formando o ducto colédoco, este último por sua vez irá se encontrar com o ducto pancreático até o intestino delgado ou duodeno.
Felizmente o Câncer das Vias Biliares é um tipo raro de câncer, representando apenas 1% de todos os tumores malignos do trato gastrointestinal superior.
As causas do Câncer das Vias Biliares não são completamente compreendidas, mas alguns fatores de risco foram identificados.
Estes incluem a idade (o risco aumenta com a idade), o sexo (as mulheres têm um risco maior do que os homens), o histórico familiar ou genética favorável para desenvolvimento de Câncer das Vias Biliares, e certas doenças como a cirrose hepática, etilsmo, tabagismo e infecções
Os sintomas do Câncer das Vias Biliares podem ser sutis no início e podem não ser facilmente reconhecidos. Os sintomas mais comuns incluem:
O diagnóstico do Câncer das Vias Biliares pode ser difícil, pois os sintomas são geralmente não específicos e podem ser causados por outras condições. Muitas vezes, o câncer não é diagnosticado até que esteja em um estágio avançado.
Uma vez que os sintomas sugiram as suspeitas o médico deve realizar uma investigação minuciosa através de exames laboratoriais e de imagem, que vão do ultrassom a ressonância de vias biliares também chamada de colangiorressonância.
Dentre os exames de sangue pode-se incluir a dosagem de marcadores tumorais das vias biliares, além de exames mais invasivos como endoscopias , colangiografias endoscópicas (radiografia contrastada das vias biliares através de endoscopia digestiva), ultrassom endoscópico entre outros como biópsias por punções externas guiadas por exames de imagem.
O tratamento do Câncer das Vias Biliares depende do tipo e da extensão da doença. Alguns tumores podem ser tratados com cirurgia, enquanto outros requerem quimioterapia ou radioterapia.
A cirurgia é o tratamento padrão para o Câncer das Vias Biliares e envolve a remoção do tumor e de parte da vesícula biliar. O tipo de cirurgia realizada depende da localização e do tamanho do tumor e podem ser remoções de áreas extensas do fígado e de vias biliares externas englobando órgão como pâncreas e duodeno, geralmente são cirurgias que requerem serviços de referência com recursos avançados e formações técnicas especializadas do cirurgião.
A maioria dos tumores de vias biliares são removidos por cirurgias convencionais ou seja, através de incisões maiores e abertas, a cirurgia laparoscópica e robótica tem avançado bastante nessa área e quando possíveis são bem menos invasivas e possuem uma recuperação pós operatória precoce. O transplante de fígado para tumores de vias biliares ainda é bem restrito e raro.