A obesidade já atinge grande parte da população brasileira e com consequências drásticas, podendo até mesmo levar à morte em quadros mais avançados.
Uma das opções para os pacientes que não obtiveram sucesso com nutricionistas, medicamentos para controle de apetite e prática de exercícios físicos, é a cirurgia de obesidade.
E a cirurgia de obesidade, mais conhecida como gastroplastia ou redução de estômago e desvio do intestino para diminuir a absorção, vem sendo cada vez mais procurada para quem quer perder peso e não consegue.
Essa cirurgia é chamada de gastroplastia, que seria uma plástica do estômago.
Essa abordagem consiste em remover parte do estômago ou intestino, de forma a diminuir a quantidade de calorias ingeridas pela pessoa durante seus hábitos alimentares e desvio do intestino para diminuir a absorção.
O que favorece a redução de peso, e permite que doenças consequentes da obesidade possam ser minimizadas e combatidas.
A cirurgia de obesidade é indicada para pessoas com um índice de massa corpórea, o famoso IMC, for igual ou maior que 40 kg/m², ou para pacientes com doenças consequentes do excesso de gordura, como hipertensão, diabetes tipo 2, apneia do sono, problemas circulatórios, articulares e cardíacos.
Para pacientes designados como obesidade mórbida, ainda pode ser necessário que esses percam peso antes da cirurgia para aumentar as chances de sucesso e diminuir riscos durante o procedimento.
Essa opção, tende a ser colocada apenas às pessoas terem tentado sem sucesso outros métodos mais indicados, como reeducação alimentar, prática de exercícios ou uso de medicamentos para controle de apetite.
Isso porque, a cirurgia de obesidade é um procedimento invasivo e que sem a colaboração do paciente no pós-operatório pode retornar ao quadro inicial.
Existem vários tipos de abordagem para a realização da cirurgia de obesidade.
Um dos mais conhecidos e realizados é o Bypass gástrico, em que é feito o grampeamento do estômago para redução de sua capacidade e um desvio dos alimentos (desvio do intestino) diretamente para a porção mediana do intestino , o que reduz a quantidade de calorias que podem ser ingeridas e absorvidas além de aumentar o tempo de saciedade do paciente.
A banda gástrica foi uma técnica muito utilizada e apesar disso ainda é uma das opções cirúrgicas que podem ser reversíveis. Nesse caso, é colocado um anel ao redor do estômago reduzindo sua capacidade.
Caso o paciente queira desfazer a operação, basta retirar o anel. Contudo, essa cirurgia em comparação a outras pode ter um efeito um pouco menor em relação a perda de peso.
Outra abordagem é a remoção de parte do estômago, contudo, sem alterações no direcionamento dos alimentos para o intestino. Nesse caso, o estômago é alterado de forma a ficar com um formato de tubo e com capacidade de até 100 ml, chamada de gastroplastia por gastrectomia vertical ou cirurgia de sleeve.
Todas as técnicas acima buscam o mesmo objetivo, que é a redução do volume do estômago, de forma que a pessoa rapidamente se sinta cheia ao se alimentar e com isso ocorra a perda de peso pela menor ingestão de calorias.
Hoje em dia, com novas tecnologias, como a laparoscopia, a cirurgia de obesidade está se tornando menos invasiva e com melhor recuperação.
Neste procedimento o paciente será anestesiado. Logo após injeta-se gás carbônico no interior da cavidade do abdômen para aumentar o espaço, assim facilitando o manuseio dos materiais cirúrgicos.
Depois disso, são inseridas as pinças e uma câmera que permite que o médico consiga observar internamente.
Usando outras aberturas o especialista executa o procedimento,
Independente da técnica utilizada pelo cirurgião, o pós-operatório consiste no acompanhamento tanto dos médicos, quanto dos nutricionistas.
Afinal, como o estômago é “elástico", caso não sejam adotadas medidas de hábitos saudáveis, como cuidados na alimentação e práticas de exercícios físicos, é possível o retorno ao quadro inicial em questão de alguns anos.
Apesar de ser um método eficaz, a cirurgia de obesidade apresenta seus riscos e é radical.
Portanto, antes de ser adotada, deve-se tentar outros métodos como reeducação alimentar, controle de apetite com medicamentos e hábitos saudáveis.
Além disso, métodos por endoscopia gástrica também podem ser uma opção, e são menos invasivos que a cirurgia de obesidade.
Além de que, mesmo realizando a cirurgia, a adoção de medidas convencionais (hábitos saudáveis) terá que ser feita igualmente e pelo resto da vida do paciente.